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Jornada Mundial da Juventude 2023

Notícias

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é um encontro mundial de jovens com o Papa e, simultaneamente, uma festa da juventude, uma peregrinação da evangelização do mundo juvenil, aberta a todos, quer estejam próximos ou mais afastados da Igreja.

Esta expressão da Igreja universal tem como propósito fomentar a ligação com Jesus Cristo, promovendo a paz, a fé, a caridade, a esperança a união e a fraternidade entre os povos e as nações.

Todos os anos, a nível diocesano, é celebrada esta peregrinação. No entanto, a cada dois, três ou quatro anos sucede um encontro internacional, numa cidade escolhida pelo Papa. Este ano de 2023, Lisboa foi a cidade eleita sob o tema: «Maria levantou-se e partiu apressadamente» (Lc 1, 39)!

Como em todas as cidades, desde a primeira JMJ, os símbolos partem em peregrinação por todas as Dioceses do país, com início no Algarve, no transato ano de 2021, e culminando com a chegada destes a Lisboa, em agosto, e servem para anunciar o Evangelho e acompanharem os jovens.

Relativamente aos símbolos, a JMJ conta com dois, que a acompanham. São eles: a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. A Cruz peregrina é feita de madeira, tem 3,8 metros de altura e foi construída em 1983 e confiada por João Paulo II aos jovens para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, iniciou uma peregrinação que já engloba os cinco continentes e quase 90 países.

Mais tarde, em 2003, a Cruz peregrina passou a ser acompanhada pelo ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços. Este símbolo, com 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, também apresentado por João Paulo II, serve como presença da Maria junto dos jovens.

No fim de semana de 11 a 12 de fevereiro, o Arciprestado de Terras de Bouro recebeu os símbolos das JMJ que, inclusivamente, foram acolhidos no Santuário de São Bento da Porta Aberta.

No primeiro dia, 11 de fevereiro, chegaram a São Bento por volta das 23h00, provenientes da Vila do Gerês, acompanhados pelos Bombeiros de Terras de Bouro e por um grupo de veículos todo-o-terreno. Após um breve desfile em frente à Basílica de São Bento, os símbolos seguiram para a capela das Monjas Cistercienses, para uma noite de vigília e oração.

No segundo dia, 12 de fevereiro, os símbolos foram transportados da capela das Monjas Cistercienses para a Basílica de São Bento da Porta Aberta, local onde foram recebidos com grande euforia pelos peregrinos e saudados pelo rancho folclórico de Paradela, que animou a manhã de domingo com os cantares e dançares tradicionais da região. De seguida, os símbolos das JMJ seguiram em procissão para a Cripta de São Bento, onde se celebrou a Eucaristia das 11h30, presidida por D. Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa, e concelebrada por D. Delfim Gomes, Bispo Auxiliar de Braga, Pe. Almerindo Costa, Arcipreste de Terras de Bouro, e pelos sacerdotes do Arciprestado.

No final da Eucaristia, o Reitor da Basílica de São Bento, Pe. António Loureiro Lopes, foi surpreendido com a oferta do anel episcopal e do solidéu a São Bento, pelo D. Américo Aguiar.

Por volta das 14h30, os símbolos despediram-se de São Bento e partiram rumo à Vila de Terras de Bouro, acompanhados pelos motards do Clube Serra do Gerês.

 

Entrevista ao Pe. António Loureiro Lopes, Reitor da Basílica de São Bento e Assistente da Equipa da Pastoral de Jovens do Arciprestado de Terras de Bouro

  1. Qual a importância de São Bento, e toda a sua estrutura, acolher os símbolos da JMJ?

As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) são um acontecimento irrepetível na nossa geração. Só por isso, pela importância das JMJ e do Santuário de S. Bento da Porta Aberta para tantos jovens que recorrem aos pés deste jovem – S. Bento – a presença dos símbolos é momento de Graça, de visibilidade, de acolhimento e de partida.

  1. Enquanto pároco de Rio Caldo e Reitor da Basílica de São Bento, que papel desempenha a presença dos símbolos da JMJ no seio dos jovens da terra? E nos peregrinos de São Bento?

Os símbolos são sempre símbolos de algo ou de alguém.

A Cruz é o sinal mais (+) da Vida dada por amor. Afinal, ninguém ama tanto como Aquele que deu e dá a vida pelos seus amigos. É na escola da Cruz que todos aprendemos a valorizar a vida como dom e a dá-la como oferta. É dando que se recebe. Presos à cruz, somos livres. A Cruz fala-nos de S. Bento e do amor de S. Bento à Cruz.

O ícone de Nossa Senhora manifesta essa presença sempre jovem de Maria junto ao Filho e de todos os filhos. Unida à Cruz foi-nos dada como Mãe. Junto à Cruz fomos dados como filhos.

Ninguém ficará indiferente às JMJ que já começaram no nosso país. Ninguém ficou indiferente à passagem dos símbolos. A passagem dos símbolos interpela e move a juventude.

  1. Houve algum tipo de preparação por parte do Arciprestado de Terras de Bouro para acolher os símbolos?

Nestas celebrações o improviso não é bom conselheiro.

Antes, houve uma coordenação na preparação da passagem dos símbolos entre o COD (Comité Organizador Diocesano), o COA (Comité Organizador Arciprestal) e o COP (Comité Organizador Paroquial). Todos os párocos do Arciprestado viveram de modo muito especial este momento. Os grandes agentes são sempre os jovens. Eles são a vida e a paz em movimento. Juntos, custa menos e os milagres acontecem.

  1. Para todos aqueles que não tiveram a oportunidade de presenciar a peregrinação dos símbolos por São Bento, como descreveria o espírito experienciado/ vivido por todos os envolvidos?

A organização, a participação, os sorrisos e as lágrimas, a música e a oração falam por si.

Houve uma envolvência muito grande de todas as gerações, de muitas organizações, grupos e associações do Concelho. Todos disseram sim e marcaram presença. É verdade que gostaríamos de levar os símbolos a todos os cantos, recantos e encantos das nossas comunidades, mas o tempo é pouco e o Concelho é disperso. De um modo geral corremos o Concelho de uma ponta à outra, de lés a lés.

Agradecemos a todos. As JMJ já começaram. Em agosto, de 1 a 6, em Lisboa é o culminar deste caminho começado e trilhado com a juventude dos novos e dos velhos.

  1. Pode dizer-se que a JMJ aproximou ainda mais os jovens de Deus? E/ ou em alguns casos foi responsável pela renovação da fé?

Os jovens são de Deus e Deus está com eles. É unidos que sentimos que não estamos sós. Estas coisas não se veem no imediato. O Espírito Santo age no silêncio. Eu creio e rezo por todos os jovens. Acredito também que os jovens serão mais participativos como Igreja, quando os adultos e a Igreja toda forem mais abertos e acolhedores da novidade e inquietação do coração dos jovens.

Nós lançamos a semente. No silêncio, Deus faz germinar. Aguardemos com Esperança.

  1. Por fim, conforme o panorama mundial atual, num cenário de pós-pandemia e de guerra, que impacto poderá ter a JMJ?

Espero que o impacto e o “barulho” do sangue moço da juventude sejam maiores e mais audíveis que o barulho dos mísseis, das armas de guerra. Espero que a alegria da juventude de todas as idades supere e trave as lágrimas de tantas dores. Creio nos jovens e na capacidade de se reinventar na transformação deste mundo com odor a pólvora e manchado de sangue. Eles não são apenas o futuro. Eles são o presente e um presente maior. Quando motivados para as grandes causas, marcam presença. Eles reinventarão tempos novos porque arriscam pela vida.

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